segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O mundo não é gay.
Sei que não é comportamento privilegiado de Fortaleza, mas se é ela que está na berlinda e é nela que me localizo agora, sobre que outra cidade eu poderia falar? Assim sendo: ontem teve show na Praia do Futuro, programação "despedida das férias" com Wanessa da Matta e O Rappa. Não me descabelo por nenhum dos dois, mas gosto de festas públicas, gratuitas: vejo poesia na multidão. Mas engana-se quem pensa ser livre nessa selva de preconceito. Senti raiva de ser mulher no meio desses cabra-machos com pecha de skinheads. Éramos um grupo de meninas presentes para ver o show mas em três situações na mesma noite passamos a ser "primas", "soldado", e ouvimos absurdos vindo de alguns caras. Nos xingaram de forma indireta e a cada pronunciamento mudavámos de lugar e de comportamento. Tensão. O que fazer diante disso: encarar e apanhar; pedir ajuda à polícia e ser mais humilhada; ligar pra assessora da prefeita e chorar? Das três, nenhuma. Engolimos um seco, o choro e o caroço da ceriguela (seriguela) verde do Dante.
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4 comentários:
ô, neguita...
sabe que fui dormir com isso na cabeça? pensando que, quando a gente sai da redoma, o que está lá fora ainda é feio, muito feio. mas, sei lá, quero achar que a redoma vai crescendo até dominar o mundo...
rapaz, deus (se ele existe) é muito inteligente, pq ela não dá asa pra cobra... já pensou se isso acontece comigo? ódiaaaaaaaa...
Deus o livre! Medo de ter q pagar tua fiança, meu Bancão.
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